Devo perdoar?

Duas mãos segurando uma flor.

Devo perdoar? Essa pergunta não é simples como parece, mas, com a resposta certa, tudo pode mudar!

Perdoar não é fácil e quem somos nós para dizer como você deve perdoar?! Ninguém é capaz de saber o que o outro está passando, só o você sabe o que você está passando.

Quando a pergunta for: devo perdoar? A resposta deve ser sempre: SIM!

Tudo que buscamos fazer é ouvir, te acolher, entender e ajudar. Nosso maior objetivo com esse texto é que você perdoe a si mesmo.

Perdoe-se, e será natural perdoar os outros também.

O ato do perdão pode fazer toda a diferença na sua vida! Leia para saber como perdoar a si mesmo e aos outros:

“Seja rápido para perdoar porque estamos todos andando feridos.”

Muitas vezes as pessoas se comportam de maneira que consideramos irritante ou pior. Isso pode acontecer especialmente com as pessoas próximas a nós.

Eles podem nos criticar e atacar os nossos erros. Às vezes, podem fazer coisas injustas ou podem nos decepcionar quando estamos contanto com eles.

Todos esses comportamentos podem levar-nos a sentir-se ferido. As cicatrizes podem persistir por anos ou mesmo por décadas. Quanto mais próximos os infratores são, maior impacto causará. 

A maioria de nós gostaria que todos os outros nos entendessem, para que assim pudéssemos agir de forma confiável e também para ser mais acessível quando algo dá errado.

Todos nós merecemos uma chance de se recuperar e mostrar o nosso melhor lado. Por isso, gostaríamos que eles fossem mais compreensivos, para que fosse possível colocar uma interpretação mais favorável sobre o que fez e o que deixou de fazer. 

Quanto mais se debruçar sobre aquilo que te fez mal, maior será a chama de fogo.

E este fogo pode queimar-nos?

Eu me senti traído pelo meu amigo. Devo perdoar?

Quando eu estava no colégio, algumas crianças legais formaram uma banda. Todo mundo queria estar nessa banda. Eu tocava piano, então eu também queria estar nela.

Um dos meus amigos mais próximos também tocava piano, mas não tão bem. Aquilo se tornou uma briga entre nós dois. Mas, eu fui escolhido. 

Nós começamos a fazer shows, com uma ótima resposta do público. Até aí, tudo ia bem. Até um dia que fomos convidados para fazer um show em um local perto da minha casa.

A escaleta estava na casa do líder da banda, porque nós sempre ensaiamos lá. Eu pedi para que ele levasse no show. 

Na noite do show, meus companheiros de banda apareceram. Infelizmente, a escaleta estava perdida. Aparentemente, o meu colega havia trazido para o local, mas ali tinha desaparecido. 

Este foi um duro golpe. Corri em torno de várias pessoas que poderiam ter uma escaleta, mas não consegui encontrar.

Aquele show aconteceu sem mim. Eu fiquei triste.

Eventualmente, a história real saiu.

O amigo próximo que eu mencionei, que também tocava piano, tinha simplesmente escondido.

Fiquei indignado. Eu me senti traído e com muita raiva. Senti uma vontade enorme de atropelar ele com um grande caminhão. 

Havia anos que eu não falava com ele. Então eu recebi um pedido de desculpas. De alguma forma, as coisas nunca foram as mesmas entre nós.

Eu mudei de escola e desde então os nossos caminhos nunca mais se cruzaram. 

O rancor aumenta chances de demência

As partes do seu cérebro que se especializam na crítica crescem mais ativas. Pois, elas se alimentam com os seus pensamentos sobre rancor. Os neurónios envolvidos estabelecem mais ligações, criando um reforço maior. 

Quando alguém se comporta de uma maneira que você desaprova, seu cérebro aponta rapidamente para críticas e julgamento.

conversar agora

Tudo é compreensível, você não está sozinho na prática da crítica. Mas há um preço que pagamos por essa prática.

As mesmas partes de seu cérebro que criticam os outros, também podem te criticar. Você tende a se tornar mais implacável sobre seus próprios erros, o que pode resultar em cada vez menos auto-aceitação. Tornando-se mais difícil para você gostar de si mesmo.

Além de tudo, isso pode te levar a um ciclo de mútua crítica entre você e as pessoas que são importantes para você. O que pode enfraquecer as relações de apoio que todos nós precisamos. 

Um estudo recente entre 5.475 homens e 4.580 mulheres com idade superior a 50 anos, mostrou que a pontuação de apoio social é negativo. Isso resulta em um aumento de  31% no risco de eventual demência. 

Este apoio social negativo é onde você experimenta vários comportamentos críticos, não confiáveis ​​e irritantes dos outros, especialmente com pessoas próximas a você.

O que você pode fazer para começar a quebrar esta espiral descendente de crítica mútua e autocrítica?

conversar agora

Em primeiro lugar, pergunte-se o que pode ter levado ao comportamento indesejável: estresse ou problemas? 

Tente encontrar explicações que enfraquecem o impacto do comportamento ruim em sua mente. Isto é tão verdadeiro para a autocrítica como para criticar os outros.

Talvez possa existir motivos que te levaram à tais ações lamentáveis. Encontre explicações para entender o porquê de você ter feito o que fez. 

Devo perdoar? Primeiro perdoe a si próprio!

Fortaleça a sua determinação para fazer o que é bom e importante daqui para frente, para que assim, você possa seguir em frente. O dom do perdão pode ser dado aos outros, reconhecendo que todos os seres humanos são vulneráveis ​​a erros ou até mesmo o comportamento terrível.

O perdão não é a mesma coisa que se reconciliar com o agressor. A reconciliação é o restabelecimento da confiança mútua. Isso exige mais um passo. Mas o perdão pode prosseguir independentemente de reconciliação e de confiança mútua.

Quanto mais você praticar a compreensão e o perdão, começando com você mesmo, mais você irá fortalecer as peças auto-reconfortantes do seu cérebro. Elas são as mesmas peças que mostram a empatia e a compaixão com os outros. 

Tudo isso vai te ajudar com mais aceitação consigo mesmo, com todas as suas falhas e tropeços. 

Todos nós temos falhas e tropeços. Tudo bem. É parte do ser humano.

Se eu pudesse voltar para a minha juventude, provavelmente eu responderia com mais compreensão o pedido de desculpas do meu amigo. Afinal, se as nossas posições fossem invertidas e eu tivesse ficado cego de inveja, quem sabe o que eu poderia ter feito.

Para uma melhor qualidade de vida agora, com mais auto-aceitação e para um menor risco de declínio cognitivo, tente afrouxar o seu controle sobre rancores. 

Seja gentil com você mesmo quando você escorregar neste esforço. 

Muitas vezes, o volante da vida requer um pouco de tempo, paciência e prática antes que você pode transformá-lo de forma confiável.

Eu ainda estou praticando. Tudo bem.

Tradução Livre. Postado em Tiny Buddha.

Estamos aqui dispostos a te ajudar na jornada do perdão, acesse eyhe.com.br escolha um anjo, converse!

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