APOIO EMOCIONAL: formas de acolhimento além de grupos de apoio

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A primeira vez que nos juntamos a grupos de apoio em busca de acolhimento, pode nos parecer estranho pelo simples fato de estarmos nos abrindo para pessoas que não conhecemos.

Aliás, quanto mais tímido alguém é, mais estranha talvez seja essa primeira impressão, o que não é incomum. Contudo, esse pequeno desconforto é passageiro.

Ao longo dos encontros, acabamos conhecendo melhor as pessoas que compõem o grupo e ficando mais à vontade para falar sobre nós mesmos, finalmente percebendo que não estamos sozinhos.

Mas não são apenas grupos de apoio que atuam por meio de princípios terapêuticos. O acolhimento emocional entre duas pessoas também segue o princípio da troca de vivências.

A importância da troca de vivências no processo de cura

Segundo a psicologia, nas diversas formas de psicoterapia, entende-se que um trabalho de apoio psicológico corresponde ao oferecimento de alívio para os sintomas do paciente.

Pensando nisso, a troca de experiências no processo de cura oferece uma sensação de pertencimento às pessoas, ou seja, para além de grupos de apoio, por meio do contato interpessoal nos sentimos aliviados.

Mais especificamente, quando dialogamos com o outro, aumentamos nossas possibilidades e enxergamos alternativas de como cuidar melhor de nós mesmos, como tomar as ações necessárias para lidar com o que nos preocupa ou dificulta — e também para buscar o que queremos.

O diálogo se torna terapêutico à medida que uma conversa terapêutica implica na própria ajuda. Por isso, muitas vezes, quando falamos com algum conhecido ou até mesmo com um de nossos familiares, podemos não nos sentirmos acolhidos.

Uma conversa terapêutica precisa fazer com que acessem nossa coragem e habilidade de nos movimentarmos, por exemplo, por meio de falas encorajadoras.

Às vezes ficamos tão solitários em casa que nos dá muito tempo para pensarmos naquilo que nos faz mal. Antes mesmo que percebamos, conseguimos nos convencer de coisas horríveis apenas com nossos próprios pensamentos.

Por isso, conversar com pessoas que enfrentam ou já enfrentaram o mesmo que nós, seja relacionamentos abusivos, depressão, ou traumas e desafios, faz com que aprendamos a lidar melhor com nossas angústias, já que a troca nos gera reflexão sobre nossa vida e a sensação de finalmente estarmos sendo ouvidos.

Precisamos aprender a falar

Por mais que seja compreensível a dificuldade de alguém se abrir, todos deveriam tentar pelo menos uma vez na vida.

O primeiro passo para aprender a falar é entender nossa natureza:

De acordo com Aristóteles, “O homem é um animal social”.

Isso significa que, somos o único animal na natureza que fala, e o ato de falar é uma função social. Ou seja, por mais que não gostamos da ideia de conviver com outras pessoas, ou tenhamos até medo disso, precisamos criar laços afetivos.

Aliás, uma das funções sociais que a língua exerce é a intercompreensão. Precisamos ser ouvidos e compreendidos enquanto seres-humanos.

É real que as pessoas possuem o poder de nos machucar, mas elas também têm a capacidade de nos ajudar e até mudar as nossas vidas.

O diálogo, por mais simples que pareça, resolveria grande parte das nossas questões caso se tornasse um hábito para as pessoas, já que a base de toda funcionalidade da vida é falar e escutar.

Desde que nascemos queremos ser ouvidos, e depois que crescemos, isso não muda.

Mas assim como nem todos conseguem falar, nem todas as pessoas conseguem ouvir. Para um diálogo acontecer de verdade, seguindo um modelo de comunicação pleno e saudável, ele precisa se afastar de alguns padrões de tons:

1- Indisposição

Quando estamos desabafando, conseguimos perceber o tom da indisposição do outro quando nem ao menos acabamos de falar e a pessoa com quem estamos “dialogando” nos interrompe.

A linguagem corporal também pode também transmitir essa intolerância, por isso só nos sentimos plenamente ouvidos quando o outro não está fazendo caras e bocas ou demonstrando impaciência.

2- Ironia

Nada de bom virá da ironia quando queremos ser ouvidos. A ironia em diálogos é só uma forma de irritação.

Precisamos ser ouvidos em bom tom, sem espaço para respostas que agridem nosso emocional. Isto é, um ambiente seguro de escuta é um ambiente sem ironias na fala.

3- Crítica

Algumas pessoas só conseguem nos ouvir quando desempenham um tom de crítica. Ao sermos ouvidos, não queremos ser criticados, precisamos de um ambiente saudável de escuta.

Por isso, nem sempre as melhores pessoas para desabafarmos são de nosso convívio ou familiares.

Então, onde podemos encontrar conversas acolhedoras?

Acolhimento emocional em ambientes online

Os grupos de apoio tiveram que se adaptar durante a pandemia da covid-19. Com isso, houve um crescimento de acolhimento virtual.

Durante longos meses, o estresse e ansiedade provocados pela pressão da doença causada pelo coronavírus e, ainda, pelo lockdown, gerou uma sobrecarga emocional enorme na maioria das pessoas.

A possibilidade de se comunicar com o outro virtualmente se mostrou extremamente necessária e eficaz até hoje, mesmo após o fim do isolamento social.

Seja por meio de chats ou videoconferências, o contato com o outro, que está disposto a nos acolher, é bastante natural, já que todas as pessoas envolvidas estão ali por livre espontânea vontade. Consequentemente, possibilitando a criação de laços e conexões.

Nós da Eyhe seguimos este propósito: acolhimento emocional em ambientes virtuais. Conectamos pessoas que precisam ser ouvidas, com aquelas que querem ouvir.

Nosso objetivo é ajudar por meio da escuta, independentemente do que o outro esteja enfrentando, sempre com disposição, fortalecendo relações baseadas em compaixão, motivação, responsabilidade e consciência, que nada mais é do que uma forma terapêutica de comunicação plena e saudável.

Vamos conversar mais?

No chat privado, você pode falar sobre ansiedade, relacionamentos — ou sobre o que preferir — com nossos Anjos: pessoas preparadas para uma conversa segura e sem julgamentos.

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