Saiba como lidar com a dor da perda.

Lidar com a perda de pessoas queridas é algo muito difícil, mas não devemos nos desanimar. Saiba como lidar com a dor da perda:

Estar em um caminho espiritual não o impede de enfrentar tempos de escuridão. Mas, ensina-lhe como usar a escuridão para crescer e evoluir.

– Desconhecido.

A vida não tem sido gentil recentemente.

Minha tia faleceu em outubro. Ela vinha sofrendo de câncer, mas sua família manteve em segredo e portanto, eu não tive a chance de vê-la antes dela partir. Eu me senti muito mal por isso.

Meu pai faleceu um mês depois. Ele tinha Parkinson, mas a sua morte não era esperada quando aconteceu.

Duas semanas depois do falecimento do meu pai, um amigo que vive no exterior informou-me que havia sido diagnosticado com uma forma rara de câncer incurável. Ele faleceu antes que eu tivesse a chance de visitá-lo. Ele ainda não tinha cinquenta anos.

Logo depois que isso aconteceu, o veterinário diagnosticou meu cão com insuficiência cardíaca e seus dias também estão contados.

Em meados de janeiro, depois da morte do meu pai, minha mãe entrou em colapso com uma convulsão. Um tumor foi descoberto em seu cérebro. Embora poderia ser facilmente removido, foi rastreado até seu pulmão. Depois disso, descobriram uma forma rara de câncer agressivo e por mais que ela parecesse fisicamente saudável, sua vida estava limitada à meses ou um par de anos.

Até o diagnóstico se desenrolar ao longo de um mês extremamente estressante, percebi que o futuro é ao mesmo tempo assustador e terrivelmente incerto. Devido a esta incerteza, eu precisava mudar meus planos, eu estava pronto para mudar de emprego.

Nas últimas duas semanas, eu tive um outro amigo na casa dos quarenta anos diagnosticado com câncer avançado com um prognóstico pobre.

A vida tem sido horrível e eu acordo todos os dias rezando para não aparecer más notícias. 

No entanto, eu não estou destruído, nem deprimido. Quando alguém está deprimido, muitas vezes essa pessoa se torna obcecada em transformar praticamente qualquer evento, mesmo que seja positivo, em algo negativo sobre a sua vida. Estou com medo, mas eu me sinto forte,  sei que posso lidar com isso. 

Sou muito grato pela minha jornada espiritual que me deu a força para suportar esses tempos.

Saiba como lidar com a dor da perda: O despertar

Em 2012, após uma série de muito anos de doenças, maus relacionamentos amorosos, amizades desgastadas, dramas de trabalho e instabilidade geral na minha vida, eu tive um colapso total. 

Quero dizer: depressão, ajuda psicológica profissional, medicação e incapacidade de trabalhar. No entanto, após este colapso, veio o despertar espiritual clichê.

Este despertar espiritual me ensinou tantas coisas, a maioria das quais você provavelmente já leu sobre, por exemplo: o ego, a importância de estar presente, o poder de vulnerabilidade, etc.

Foi um período tão frágil de intenso aprendizado e crescimento construído sobre um poço de sofrimento profundo. Parecia terrível, mas eu aprendi e mudou tanto. 

Além disso, vivi muitos testes espirituais e cada vez que eu me preocupo em deixar de de viver as lições que já estão internalizadas, eu me surpreendo e passa.

Saiba como lidar com a dor da perda: Desafios que a vida coloca em nossos caminhos

Agora, eu estou chegando em um tempo extraordinariamente difícil. Esta não é uma crise de drama egóica ou de sentimentos feridos. É uma crise de sofrimento real por uma extrema dor física, devido às morte de tantas pessoas em questão de meses.

Enquanto a jornada espiritual é um contínuo de vários temas que são difíceis para desvendar um do outro, existem alguns conceitos que me ajudam no momento de sustentar tudo isso. Saiba como lidar com a dor da perda:

1. Viva o agora.
2. Limites.
3. Tenha uma mente aberta.
4. Relacionamentos.
5. Desenvolvimento espiritual

1. Viva o agora.

O peso de tudo isso tem me empurrado para o intenso AGORA. 

Eu tento não me apegar na esperança, pois a esperança tem me decepcionado muito recentemente. 

Escolher se concentrar na parte boa é delirante, pois é preciso da realidade.

Minha mãe está morrendo. Não há muito que podemos fazer, mas pensando que o futuro é suficiente para arruinar a cada dia. E, com isso, preciso estar totalmente presente com ela por enquanto eu puder.

Eu experimentei tantas perdas recentemente, mas estou me agarrando na perda, pois ela  vai me distrair, e assim eu conseguirei aproveitar o tempo que me resta com a minha mãe. E não adianta eu parar a minha vida, pois tudo isso não fará meu pai, minha tia, ou qualquer outra pessoa voltar.

No entanto, não há nada de errado em viver o agora. 

Minha mãe não está sofrendo, eu tenho sorte de estar livre do trabalho para estar com ela e minha família se reúne em apoio um do outro. 

Os pássaros cantam todas as manhãs, o tempo está bom e a floresta perto da nossa casa é linda. 

Por isso, tudo é real e há muita alegria por ter vivido a cada momento.

Se algo surgir no momento, aí eu vou lidar com isso. Pois, se eu me preocupar agora com o futuro, não vai servir para nada e só vai estragar o momento. 

2. Limites.

Em tempos de estresse extremo quando as coisas estão indo mal, é fundamental para o autocuidado. Você não pode ser uma força positiva no mundo se você está desmoronando por dentro.

Os limites são chave para proteger o seu tempo e energia, que são particularmente desafiados em tempos muito difíceis, de comportamentos que os drenam. 

Muitas vezes, a tentar ser simpático e agradável, nós permitimos que alguém repetidamente cruze a linha sem repercussões. Como nosso ressentimento constrói, podemos agir em retaliação, sem fazer nada útil para nós mesmos ou do mundo.

Uma relação de verdadeira intimidade e respeito mútuo deve ser capaz de suportar facilmente os seus limites. Se o outro não pode lidar com isso, então o quão profundo é este relacionamento? Na verdade, quando você se sente confortável em discutir os seus limites, é um sinal de relacionamento forte.

Impor limites envolve um nível de honestidade que pode aprofundar relacionamentos.

Durante o tempo que a minha mãe estava no hospital, eu percebia que por mais difícil que a sua saúde estava, que não tinha o que fazer. Eu tinha que lembrar dos meus limites. Se eu vou ser seu cuidador principal, eu não poderia suportar uma situação em que ela dirige suas frustrações em mim, pois não iria funcionar e não iria trabalhar para ela. Sem entrar em detalhes, tivemos uma discussão muito franca sobre isso.

Embora a conversa tenha sido inicialmente muito dolorosa, me levou a compartilhar memórias profundas e pensamentos que eu nunca teria outro momento para dizer. E isso ajudou a limpar o caminho da relação mãe e filho. Que muito provavelmente não teria acontecido se eu não tivesse estabelecido um relacionamento aberto com ela. 

3. Tenha uma mente aberta.

Quando fui confrontado com o diagnóstico terrível da minha mãe, o que me ajudou foi manter a mente aberta.

Por exemplo, no início da minha pesquisa sobre este tipo de câncer, eu estava consternado ao saber que não houve nenhuma alteração significativa com o padrão de atendimento em cerca de quarenta anos. Todas os recentes avanços no tratamento do câncer que você já ouviu falar sobre, eles não se aplicam a este!

No entanto, em vez de declarar a derrota de imediato, eu decidir cavar um pouco mais. O que descobri foi que não há uma série de ensaios clínicos em curso na nossa área para este tipo de câncer. Mesmo que não seja informações que me agradaram, estes são desenvolvimentos que eu nunca teria aprendido se eu não tivesse deixado a mente aberta e continuado na pesquisa.  

Eu fui lembrado para manter a mente aberta no relacionamento com as pessoas também. Minha mãe, normalmente bastante volátil, tem enfrentado tudo isso com uma força incrível. Para alguém totalmente desinteressado na espiritualidade, ela mostra uma perspectiva notável em tudo isso no contexto de sua vida.

Minha irmã, também passando por problemas conjugais e muito emocional, lidou melhor do que qualquer um de nós. Meu irmão, por outro lado, procurou um médico, foi provavelmente o mais disperso e emocionalmente aleijado pelos acontecimentos recentes.

4. Relacionamentos trazem aprendizados!

O ponto é: tudo o que você pensa que sabe sobre uma pessoa, pode mudar em qualquer dia, a qualquer hora. As pessoas podem surpreendê-lo, para melhor ou pior. Enquanto é totalmente racional fazer julgamentos sobre os pontos fortes e fracos das pessoas, habilidades e atributos, você deve sempre perceber que a sua visão pode estar errada ou que a pessoa pode mudar, pois, as pessoas estão mudando todo o tempo!

5. Desenvolvimento espiritual

Espiritualidade não é sobre encontrar um esconderijo feliz e isolado de preocupações temporais. É completamente o oposto, é sobre a movimentação ao longo da vida com os olhos e os braços abertos para o que acontece. É a nossa maneira de descer na lama, passar pelo espremedor e ainda assim permanecer.

A espiritualidade é um músculo. Ele fica mais forte com o exercício e o exercício provoca desconforto. Mas, uma vez recuperado, você acredita que é capaz de levantar ainda mais peso do que antes.

Eu nunca tive que lidar com uma série tão dolorosa de eventos e espero que não se repita. Mas, por mais que eu já tenha passado por muita coisa, o passado contribui para a minha jornada espiritual, o que me preparou para este momento. 

Aconteça o que acontecer, eu sei que vou sair mais forte.

Agora que você já leu o artigo Saiba como lidar com a dor da perda, coloque as dicas em prática para melhorar!

Tradução Livre. Postado em Tiny Buddha.

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