O que é a depressão?
De acordo com o (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
Considerada como o “mal do século XXI” pela OMS, ainda é tratada como tabu pela sociedade, o que dificulta ou até mesmo impossibilita a procura por ajuda, com isso, tem-se uma epidemia de depressão, atingindo 10% da população mundial até o momento.
Deve-se atentar para o fato de que não é algo passageiro, como uma tristeza ou até mesmo o sentimento de luto, comumente confundido com a depressão. Nessa doença, a pessoa está triste mesmo seu causa definida praticamente o tempo todo, podendo haver casos onde há euforia exacerbada, também sem motivo aparente.
Assim como outras doenças, pode apresentar graus leves, moderados ou intensos, podendo atingir também crianças e adolescentes. É incapacitante e atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo
Quais são as causas da depressão?
Pode ocorre tanto por fatores genéticos, provocados por questões bioquímicas do cérebro, quanto fatores sócio históricos que funcionam como gatilho, como acontecimentos traumáticos, estresse físico e psicológico, doenças sistêmicas, consumos de álcool ou outras drogas ou até mesmo a utilização de algum medicamento. Mulheres acabam tendo um maior índice de depressão por ocorrer muitas mudanças hormonais que ocorrem principalmente no período fértil.
Sintomas:
Além dos sintomas já citados anteriormente, a pessoa sofrendo com depressão pode também apresentar:
– Alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);
– Distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias);
– Problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias);
– Fadiga ou perda de energia constante;
– Culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade);
– Dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se);
– Ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte);
– Baixa autoestima,
– Alteração da libido.
O diagnóstico de depressão se dá por meios clínicos analisando também a história de vida do sujeito.
Tratamento:
O tratamento da depressão deve ser feito com tratamento psicológico e médico sistematicamente. Em alguns casos, apenas o tratamento psicoterápico surte efeito, contudo em outros, é indicado o uso de medicação antidepressiva, essa medicação, por vezes, demora a fazer efeito e podem ter efeitos colaterais. Contudo, mesmo com os efeitos colaterais, não se deve interromper o tratamento sem auxílio médico.
O que você não deve fazer:
– Não procurar ajuda profissional;
– Desistir do tratamento psicoterápico;
– Parar de tomar a medicação por já ter sido apresentado alguma melhora;
– Medicar-se por conta própria.
Como a família pode ajudar:
É importante ressaltar que essa doença NÃO é sinal de loucura, nem de preguiça muito menos de irresponsabilidade, que pode ocorrer em qualquer fase da vida, tendo sintomas diferenciados. A melhor forma de ajudar é com a informação, saber o que é, os sintomas e os riscos, acolher a pessoa e suas queixas, expor a importância de buscar ajuda profissional, ficar atento se a pessoa está fazendo o tratamento certinho, auxiliar a manter uma rotina de alimentação equilibrada, higiene pessoal e interação social.
O que jamais se deve dizer a pessoas com depressão
1) Você está exagerando, não é tal mal assim.
2) Todos temos problemas, você precisa reagir.
3) Sei o que você está passando, já me senti assim, também.
Lembre-se: a tristeza tem um motivo de estar sendo sentida, na depressão, o sentimento de tristeza vem junto com um sentimento de desesperança e muitas vezes, com ideações suicidas.
Referências:
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