Baixa autoestima: ela está prejudicando seu relacionamento?

Mulher pensativa sobre sua baixa autoestima, para demonstrar como esse sentimento pode ser prejudicial.

Vamos começar entendendo o que é a autoestima antes de entender como ela afeta nossos relacionamentos? Afinal, nem todo mundo tem clareza sobre o que significa e quão importante é a manutenção de um nível saudável em nossas vidas.

A autoestima é nossa estima, apreço, carinho, amor por nós mesmos. 

Não é apenas sobre fazer aquilo que gosta ou ter uma rotina de skincare e 15 minutos de meditação esporádica. Isso é sobre como você se enxerga, o quão gentilmente você lida com seus limites e os pondera diante das imposições externas, dia após dia, a todo momento.

Os 3 contrários do Amor

Você sabia que, na psicanálise, existem 3 tipos de contrário para o amor que sentimentos? A indiferença, o ódio e o ser amado. Através dessas três perspectivas contrárias, é possível identificar situações que embasam o sentimento de baixa autoestima. 

A primeira é quando atribuímos nosso afeto totalmente ao outro, a ponto de quem nos tornamos ou como vivemos ser absolutamente indiferente, afinal, colocamos toda importância da nossa vida em uma pessoa que não somos nós.

A segunda situação é quando nos voltamos totalmente para nós de forma insatisfatória, quando não lidamos bem com nossa auto imagem e existência, abrindo brecha para ataques repetitivos e sabotagens contra nosso próprio ser.

Também é possível que, em algum ponto das nossas relações, ser amado passe a ser mais importante do que amar, criando uma dependência emocional e psicológica sobre a outra pessoa. 

O ciclo dos relacionamentos ruins e a baixa autoestima

Todas essas situações acabam interferindo negativamente no modo como nos relacionamos, não somente com nós mesmos, mas também em nossas relações amorosas ou não. Uma baixa autoestima pode nos colocar num ciclo sem fim de relacionamentos ruins, baseados em abusos psicológicos e dependência emocional, abdicando do nosso bem-estar em benefício do outro. 

Geralmente, isso acontece pela crença de não merecimento de uma relação melhor e saudável. Ainda é possível que uma pessoa com baixa autoestima, não enxergue a possibilidade de existir relacionamentos produtivos, sendo assim facilmente submetida a violências e manipulações.

Para agravar, existem ainda situações onde a pessoa não percebe mais esse comportamento, acreditando ser normal e acabando por ser conivente com os abusos.

Além disso, você sabia que a baixa autoestima pode estar atrelada a outros problemas ou transtornos? Listamos alguns: 

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Fobias;
  • Transtornos alimentares;
  • Transtornos de aprendizagem.

Se você já se identifica com algo descrito até este ponto do texto, talvez seja o momento ideal para você buscar ajuda de um terapeuta para tratamento especializado e ter o suporte necessário para superar. 

O caminho do autoconhecimento ajuda a melhorar a baixa autoestima! 

O autoconhecimento, se você ainda não está familiarizado com esse termo, é a capacidade que nós temos de investigar e conhecer nosso próprio ser. Isso significa o reconhecimento das forças, fraquezas e de todas as características que vão além da categorização entre virtudes e defeitos.

Pense em quais são seus padrões de comportamento, quais são os seus valores aquilo que te motiva diariamente, seus medos, traumas e sentimentos mais profundos. Pense em tudo isso como de fato é e não como você gostaria que fosse.

É através da honestidade que conseguimos alcançar o verdadeiro autoconhecimento e que vai nos ajudar a controlar com mais eficiência nossa própria vida. 

Assim, quando você for mensurar sua autoestima, poderá levar a verdade de quem você é em consideração, encarando todas as suas nuances com gentileza, sem estar com a visão ofuscada pelo mundo externo. 

As mudanças são inevitáveis! 

E, é necessário lembrar que a construção do seu autoconhecimento e autoestima é constante e incessável, pois a vida é transitória e descontínua, nos trazendo mudanças a todo momento e nos propondo novas situações que precisam da nossa atenção e reavaliação.

Assim também é o sofrimento e os padrões negativos que estão em nós: transitório. O importante é ter movimento, ação para mudar nossa estima presente sobre quem somos. 

Dessa forma, podemos entender que a melhor possibilidade é agir com paciência, acompanhamento terapêutico profissional e discernimento sobre como estamos convivendo com os outros e com nós mesmos.

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(Parceiro Eyhe) Episódio 65