A mulher contemporânea está constantemente sob a influência de um mundo em rápida transformação. Com as crescentes conquistas de igualdade de gênero, o equilíbrio entre carreira, família e vida pessoal, bem como as pressões sociais, os desafios que ela enfrenta são significativos. Neste artigo, exploraremos os aspectos relacionados à saúde mental nesse contexto complexo, trazendo à tona a sabedoria de duas autoras destacadas no campo da saúde mental.
1. A Sobrecarga da Dupla Jornada
A socióloga Ann Oakley argumenta que a mulher contemporânea é frequentemente submetida à “dupla jornada”, desempenhando papéis múltiplos no ambiente doméstico e no mercado de trabalho. Esta sobrecarga desenfreada pode ser exaustiva, afetando adversamente sua saúde mental. A pressão para ser bem-sucedida no trabalho, enquanto ao mesmo tempo possui responsabilidades em casa e com a família, são as principais causas de estresse entre as mulheres. Oakley salienta que “essa sobrecarga de responsabilidades frequentemente leva à exaustão física e mental, impactando na saúde mental da mulher contemporânea.”
2. Pressões Sociais e Expectativas Irrealistas
As pressões sociais e as expectativas irreais que as mulheres enfrentam desempenham um papel crucial nos desafios da saúde mental. A psicóloga Carol Gilligan, em seu trabalho “In a Different Voice,” destaca que as mulheres são frequentemente submetidas a normas de beleza e comportamento, que podem resultar em sentimentos de inadequação e ansiedade. Gilligan argumenta que “as pressões sociais para atender a padrões inatingíveis podem levar a transtornos de ansiedade e depressão.”
3. Equilíbrio Entre Carreira e Família
A busca pelo equilíbrio entre carreira e família é outro desafio significativo. A pressão para ser bem-sucedida profissionalmente, ao mesmo tempo em que se mantém uma vida familiar saudável, pode levar a sentimentos de culpa e estresse. Equilibrar essas responsabilidades pode ser especialmente difícil, mas é fundamental para a saúde mental da mulher contemporânea. É importante lembrar que, como destaca Gilligan, “uma carreira de sucesso não deve ser incompatível com uma vida familiar feliz, e buscar esse equilíbrio é essencial.”
4. O Papel do Autocuidado
Em meio a todos esses desafios, o autocuidado se torna uma peça central para manter a saúde mental. Cuidar de si mesma é um ato de resistência contra as pressões sociais e a sobrecarga da dupla jornada. O autor Joshua Straub ressalta a importância do autocuidado, afirmando que “dedicar tempo para si mesma, seja por meio da prática de exercícios, da meditação, da leitura ou de outras atividades relaxantes, é essencial para preservar a saúde mental da mulher contemporânea.”
Ao reconhecer e compreender esses desafios, podemos trabalhar em direção a um mundo mais equitativo, onde as mulheres possam desenvolver seus potenciais e manter a saúde mental.
As palavras de Ann Oakley, Carol Gilligan e Joshua Straub nos lembram da importância de nos cuidarmos, respeitarmos nossos limites e emoções e nos amarmos sempre.
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