Em primeiro lugar, o que é a fé? Ter fé é o mesmo que ter uma religião?
Não, não é. Ser adepto à alguma religião não é sinônimo de ter fé. A fé é mais como um sentimento, uma confiança inabalável em algo, em um poder maior.
Já a religião é um grupamento sociocultural, que compartilha a mesma fé, não o sentimento da fé, mas a identidade e os dogmas sobre esse poder maior. E, por fim, a religiosidade é a forma como o ser humano vê e expressa sua fé, quando se compartilha da mesma religiosidade se identifica com a mesma religião.
Neste artigo você irá entender qual o papel da fé na saúde mental e física. Tudo isso, sob uma perspectiva científica e psicológica.
Quem tem fé é mais feliz?
Segundo Andrew Clarck, sim. O professor da Escola de Economia de Paris conduziu um estudo que analisou dois grupos de pessoas, um grupo com maioria ateu e outro com maioria religiosa.
Clarck constatou que os ateus são mais tristes e deixam os outros ao seu redor mais tristes. Afinal, o grupo em que boa parte da população estava professando uma fé, é mais feliz que grupo com maioria ateu.
Quem não acredita em nada pode acabar sendo mais pessimista, afinal, sob uma perspectiva realista e objetiva é difícil nutrir alguma esperança de que as coisas podem melhorar.
Além disso, boa parte das religiões tendem a estimular a compaixão em suas profecias.
A ciência e a oração
Até hoje a ciência não conseguiu provar a existência ou inexistência de algo maior mas, prova os benefícios das alterações cerebrais que a oração e a fé provocam.
Há estudos feitos em cima de grupos de voluntários desde o século passado. Um deles, que chama muito a atenção, é o estudo feito por cientistas da Universidade da Pensilvânia, liderado pelo professor Andrew Newberg, que demonstrou as alterações cerebrais provocadas pela oração.
Ele identificou o aumento da atividade cerebral em áreas relacionadas à emoção e ao comportamento e redução da atividade em uma área cerebral específica, que dá sentido à quem se é.
Segundo ele, isso prova que através da oração e/ou meditação podemos despertar um estado mental onde se perde a noção de individualidade, espaço e tempo. É uma experiência transcendental estimulada pela fé.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a fé tem o potencial de afetar positivamente a saúde física, mental e biológica. E, que a crença religiosa ou espiritual pode diminuir os riscos de diabetes, doenças cardiovasculares, respiratórias, infartos, insuficiência renal e AVCs.
Até porque, quando se acredita que o próprio corpo é dádiva divina, evita-se ferí-lo com maus hábitos e vícios.
Agora, com o objetivo de reforçar as constatações da ciência médica, trago apenas mais uma pesquisa, esta realizada em 2004 pela Associação Paulista de Medicina, que confirmou o poder da prece na recuperação de pacientes com câncer.
Como trabalhar a sua fé?
A vida constrói suas bases em cima do equilíbrio ou desequilíbrio da ordem e do caos, respectivamente. Por isso, é comum que as pessoas se percam ou se desconectem da própria fé, em um momento muito cômodo ou em um muito desafiador da própria vida.
Portanto, estimular a própria fé exige uma certa disciplina, digamos assim. Para alguns mais, para outras menos. Afinal, nossos cérebros podem ser geneticamente mais propensos ou não a ter fé.
Não importa qual a sua crença, o que é que nutre a sua esperança e te estimula a ser melhor. É preciso buscar esse estímulo e nutrí-lo diariamente para poder usufruir de todos os benefícios que a fé, a oração e a gratidão proporcionam.
Ter fé, além de todos os benefícios já citados, te coloca no caminho de uma vida mais leve, com propósito e significado.
Estar próximo de pessoas com fé pode te fazer mais feliz, como concluiu o estudo do Dr. Clarck. Então aproveite para conversar com um Anjo Eyhe e renovar sua fé e esperança em uma vida melhor.
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